QUEM DISCORDA DE MIM É MEU INIMIGO
A tendência que vejo crescer no seio da igreja é a de
defesas muito agressivas das próprias opiniões.
Em outras palavras, temos nos
comportado como se divergir daquilo que pensamos e em que acreditamos fosse uma
ofensa pessoal, à qual deve-se reagir com força e agressividade, muitas vezes
até com sarcasmo e desqualificação de indivíduos (e não ponderações acerca de
ideias). Já vi pastores, por exemplo, chamando quem discorda de si de nomes como
Sambalate ” – o que é um absurdo incompreensível à luz da Bíblia. A
discordância de pensamento tem cada vez menos sido tratada em tons
cavalheirescos e cada vez mais como uma afronta. E, na verdade, não é.
Discordar é um direito. Mais do que isso, ter quem discorde de nós é um
privilégio, porque discordar enriquece pensamentos. Por isso, temos de tratar
com extremo respeito quem discorda de nós, sem ataques, sem nomes
depreciativos, sem sarcasmos, sem deboche.
Eu diria que pessoas inteligentes estão sempre abertas a
ouvir quem discorda de si, pois, com isso, poderão refletir sobre a coerência
daquilo em que creem e, até mesmo, aperfeiçoar suas crenças. Quem sabe, até,
perceber que estavam erradas e, com isso, tomar novos rumos. Quando Salomão
escreveu “Sem diretrizes a nação cai; o que a salva é ter muitos conselheiros”
(Pv 11.14),pode ter certeza de que ele não estava se referindo a conselheiros
que vão concordar com você em tudo. Portanto, é bíblico aceitar – e valorizar –
a divergência de opinião. Líderes que não sabem ouvir visões diferentes não
deveriam ser líderes. Simples assim