terça-feira, 24 de novembro de 2015

QUEM DISCORDA DE MIM É MEU INIMIGO

















QUEM DISCORDA DE MIM É MEU INIMIGO
A tendência que vejo crescer no seio da igreja é a de defesas muito agressivas das próprias opiniões.

 Em outras palavras, temos nos comportado como se divergir daquilo que pensamos e em que acreditamos fosse uma ofensa pessoal, à qual deve-se reagir com força e agressividade, muitas vezes até com sarcasmo e desqualificação de indivíduos (e não ponderações acerca de ideias). Já vi pastores, por exemplo, chamando quem discorda de si de nomes como Sambalate ” – o que é um absurdo incompreensível à luz da Bíblia. A discordância de pensamento tem cada vez menos sido tratada em tons cavalheirescos e cada vez mais como uma afronta. E, na verdade, não é. Discordar é um direito. Mais do que isso, ter quem discorde de nós é um privilégio, porque discordar enriquece pensamentos. Por isso, temos de tratar com extremo respeito quem discorda de nós, sem ataques, sem nomes depreciativos, sem sarcasmos, sem deboche.

Eu diria que pessoas inteligentes estão sempre abertas a ouvir quem discorda de si, pois, com isso, poderão refletir sobre a coerência daquilo em que creem e, até mesmo, aperfeiçoar suas crenças. Quem sabe, até, perceber que estavam erradas e, com isso, tomar novos rumos. Quando Salomão escreveu “Sem diretrizes a nação cai; o que a salva é ter muitos conselheiros” (Pv 11.14),pode ter certeza de que ele não estava se referindo a conselheiros que vão concordar com você em tudo. Portanto, é bíblico aceitar – e valorizar – a divergência de opinião. Líderes que não sabem ouvir visões diferentes não deveriam ser líderes. Simples assim